CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO E FÍSICO-QUÍMICO DE PRÉ FORMULAÇÕES COSMÉTICAS: UMA INVESTIGAÇÃO EM PRODUTOS COM E SEM CONSERVANTES
Resumo
A contaminação microbiológica de cosméticos representar um risco a
saúde do consumidor, além de impactar na estabilidade de formulações. Para
minimizar esses riscos, Boas Práticas de Fabricação são imprescindíveis, bem como
o uso de conservantes nas formulações. Nesse contexto, este estudo tem por objetivo
avaliar às Boas Práticas de Fabricação de uma indústria de cosméticos no estado do
Espírito Santo, através de análises de controle microbiológico e físico-químico em pré
formulações cosméticas, antes e após adição de conservantes. A susceptibilidade a
contaminação de formulações sem conservantes em ambientes não controlados
também foi avaliada com o intuito de compreender a importância do uso de
conservantes. Foram coletadas 2 amostras de 3 produtos diferentes (xampus,
máscaras e séruns faciais) sem conservantes, com amostragens a cada 7 dias,
totalizando 18 amostras, das quais análises foram realizadas em triplicata. Amostras
com resultado negativo para crescimento microbiano foram expostas ao ambiente por
mais 7 dias e reanalisadas. Os resultados mostraram que 100% das amostras foram
negativas para contaminação por bactérias. No entanto, após 15 dias, evidencia
ausência de bactérias porém presença de espécies fúngicas em amostras de séruns
e xampus, enquanto as máscaras hidratantes não apresentaram contaminação. Esses
dados sugerem a necessidade de investigações por contaminação fúngica para além
dos prazos estabelecidos em legislações. Alterações organolépticas e físico-químicas
também foram observadas nas amostras sem conservante mostrando a importância
de um sistema conservante eficaz para garantia da qualidade de produtos cosméticos.
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