CONEXÕES DA IDENTIDADE: O CONTRAPONTO ENTRE A OBJETIFICAÇÃO E A AUTENTICIDADE EXISTENCIAL NA PERSPECTIVA DIALOGAL ENTRE ZYGMUNT BAUMAN E MARTIN HEIDEGGER

Autores

  • Canício Scherer
  • Tomás de Aquino Costa Meireles

Palavras-chave:

Traços líquidos; Objetificação; Conexões da identidade; Analítica; Existência.

Resumo

Neste estudo, analisam-se as conexões da identidade estabelecidas a partir do contraponto entre a tendência objetificadora e a proposta de autenticidade existencial que se elucidam, respectivamente, a partir de duas análises: uma, dos traços característicos da pós-modernidade presentes no limiar teórico de Zigmunt Bauman e outra, da existência sob o pensamento de Martin Heidegger. E para isso, se estabelece uma interação dialogal entre as duas teorias. Partindo-se da contextualização da realidade humana pós-moderna à luz do pensamento de Bauman, estabelecer-se-ão parâmetros entre a pessoa contemporânea apresentada pelo autor e a analítica existencial de Heidegger. Pelo pressuposto de identificar as conexões sociais que fomentam a desvalorização do outro e priorizam o individualismo que interfere na construção da identidade do sujeito, segundo Bauman, traça-se um paralelo com a forma inautêntica de coexistência no viés heideggeriano. Depois, discutir-se-á a questão da indiferença relacional da pós-modernidade em contraponto com o existencial ‘ser-com-os-outros’ de Heidegger. Por fim, far-se-á uma análise das conexões identitárias em Bauman e do sentido do ser para Heidegger. Assim, constrói-se o caminho: a partir da conjuntura estrutural pós-moderna, marcada por traços líquidos e pela velocidade das transformações tanto das instâncias quanto dos agentes sociais, chega-se ao entendimento da objetificação. E pela analítica existencial, abrem-se os horizontes deste homem fragmentado e reduzido a simples presença a um ser-possível, de projeção, autêntico.

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Publicado

2023-12-08 — Atualizado em 2023-12-11

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